
Cartografias da Violência na Amazônia
A 4ª edição do Cartografias da Violência na Amazônia aprofunda o processo de documentação das sobreposições entre crime, violência e ilícitos ambientais. Complementarmente, a publicação joga luz sobre temas como operações de desintrusão em terras indígenas, violência contra mulheres, mapeamento de organizações criminosas e análises sobre as mortes violentas intencionais.
Experiências promissoras de prevenção e enfrentamento ao crime e à violência na Amazônia
Apesar dos desafios colocados pelo crime organizado na Amazônia, há respostas públicas já em andamento que merecem reconhecimento e que podem inspirar novas ações. O objetivo da publicação é apresentar o potencial de efetividade destas experiências na redução do crime, na prevenção à violência, e na promoção de direitos em territórios e populações mais vulneráveis. As 8 práticas documentadas tem a abordagem do território como um aspecto chave de sua implementação.
Conheça as 8 experiências promissoras documentadas
A Amazônia têm muitos desafios de segurança pública, mas o que tem sido feito para mudar esse cenário?
No coração da Amazônia, o crime organizado tenta avançar sobre a floresta e seus povos. É nesse cenário que surgem ações inovadoras e inspiradoras para enfrentar o problema. O Fórum Brasileiro de Segurança Pública documentou experiências que unem tecnologia, ciência e saberes locais.
São ações como bases fluviais que interceptam o tráfico nos rios, operações que rastreiam o ouro ilegal e combatem o desmatamento por satélite e políticas de proteção permanente a terras indígenas. Essas iniciativas mostram que é possível proteger o território, fortalecer comunidades e garantir que a Amazônia tenha um futuro seguro, justo e sustentável.
Tecnologia nas frentes de proteção
A Operação Curupira e o Programa Ouro Alvo são ações integradas contra o desmatamento e o garimpo ilegal com uso de tecnologias inovadoras. No Pará, a Curupira atua nas áreas mais críticas de devastação, unindo órgãos ambientais e forças de segurança em fiscalizações conjuntas. Já o Ouro Alvo, da Polícia Federal, utiliza rastreamento forense para identificar a origem do ouro ilegal, conectando ciência e investigação criminal.
Bases fluviais: Amazonas e Pará
As bases fluviais da Amazônia fortalecem o enfrentamento ao crime e ampliam a presença do Estado em áreas de difícil acesso. No Amazonas, a Base Integrada Arpão reúne forças de segurança e cães farejadores no combate ao tráfico e aos crimes ambientais. Inspirado por esse modelo, o Pará implantou bases semelhantes, com fiscalização de embarcações e mercadorias, reforçando a cooperação e o controle nos rios da região.
Garantia de direitos a quem protege
Os povos indígenas amazônicos têm sido fortemente afetados pelo avanço da criminalidade. Desde 2024 a Casa de Governo, na TI Yanomami, em Roraima, centraliza um modelo de cooperação entre órgãos que tem sido replicado para proteção de outras Terras Indígenas. De seu lado, os próprios povos indígenas apresentam suas estratégias de autoproteção.
Atenção às mulheres no Acre
O Ministério Público do Acre desenvolve três iniciativas inovadoras no enfrentamento à violência de gênero e na promoção de direitos. Elas reúnem monitoramento de dados sobre feminicídios, atuação itinerante e ações interculturais voltadas a mulheres indígenas.
Cooperação e integração: FICCO
As FICCO reúnem, de forma permanente, instituições federais, estaduais e municipais para enfrentar facções e reduzir a violência no país. Com coordenação federal, essas forças-tarefa atuam de modo contínuo no monitoramento, investigação e desarticulação de organizações criminosas, especialmente nas áreas de fronteira.
Mercúrio na Amazônia: redes criminosas transnacionais, vulnerabilidade socioambiental e desafios para a governança
O relatório, fruto de uma parceria com a Agência Brasileira de Inteligência, desvenda as redes transnacionais envolvidas no contrabando e uso ilegal do mercúrio na mineração de ouro, revelando os impactos socioambientais e os desafios de governança na região.
Uma análise inédita que combina inteligência, pesquisa e ação em defesa da floresta e de seus povos.
Estudos Relacionados
Cartografias da violência na Amazônia – 3ª Edição
A 3ª edição do Cartografias da Violência na Amazônia expõe como disputas pelo controle da terra impulsionam crimes e destruição ambiental. O estudo revela que redes criminosas já dominam áreas estratégicas da região, afetando povos indígenas, quilombolas e ribeirinhos.
A nova corrida do ouro na Amazônia: garimpo ilegal e violência na floresta
A partir de pesquisa de campo no Tapajós (PA) e em Roraima, o estudo revela as conexões entre o garimpo ilegal e o narcotráfico na Amazônia. Com entrevistas e observações locais, fica claro como o avanço do garimpo afeta comunidades, intensifica a violência e fortalece redes criminosas ligadas à exploração de ouro.
Cartografias da violência na Amazônia – 2ª Edição
Nesta edição, o Cartografias apresenta inéditas análises sobre as relações entre diversas modalidades que conformam o ecossistema de ilegalidades na Amazônia, como violência letal, presença de facções criminosas, crimes ambientais e narcotráfico, também revelando as capacidades do Estado de lidar com os desafios.
Violência contra crianças e adolescentes na Amazônia
O FBSP, em parceria com o UNICEF, conduz uma série de estudos que mapeia a violência letal e sexual contra crianças e adolescentes com base em registros policiais das 27 Unidades da Federação. O estudo sistematiza especificidades territoriais da Amazônia e busca oferecer evidências para políticas de proteção e segurança pública na região.
Governança e capacidades institucionais da segurança pública na Amazônia
A parceria entre Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Instituto Clima e Sociedade, Instituto Igarapé e o Centro Soberania e Clima, buscou mapear as estruturas e capacidades institucionais dos componentes do sistema de segurança pública da Amazônia.
Intersection of criminal activities in the gold mining sector in the brazilian Amazon
Elaborado em parceria com o Escritório das Nações Unidas para Drogas e Crime (UNODC), busca compreender de que forma as dinâmicas criminais do garimpo ilegal e dos demais ilícitos citados têm se constituído nos anos mais recentes na região da bacia do Rio Tapajós, no estado do Pará, e descrever sua atuação.






