Uma das expressões mais cruéis do racismo nosso de cada dia se manifesta nos números da violência.
Os dados aqui compilados nos alertam, mais uma vez, para a relação entre violência e racismo.
A Violência contra Pessoas Negras no Brasil 2021
Uma das expressões mais cruéis do racismo nosso de cada dia se manifesta nos números da violência.
Os dados aqui compilados nos alertam, mais uma vez, para a relação entre violência e racismo.
Atlas da Violência 2020
Neste Atlas da Violência 2020, produzido pelo Ipea e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), construímos e analisamos inúmeros indicadores para melhor compreender o processo de acentuada violência no país.
Os números de óbitos são contabilizados a partir da Classificação Internacional de Doenças (CID-10) como eventos que envolvem agressões e óbitos provocados por intervenção legal (códigos X85-Y09 e Y35-Y36). A Classificação Internacional de Doenças é publicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e padroniza a codificação de doenças e mortalidade por causas externas em todo o mundo desde 1893.
Os dados divulgados referem-se ao período de 2008 a 2018, considerando as informações mais recentes tabuladas pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e divulgadas no site do Departamento de Informática do SUS – DATASUS.
A violência contra negros e negras no Brasil
Uma das expressões mais cruéis do racismo nosso de cada dia se manifesta nos números da violência. 75% das vítimas da violenta letal no Brasil são negras. Jovens negros morrem mais do que jovens brancos; policiais negros, embora constituam 37% do efetivo das polícias são 51,7% dos policiais assassinados; mulheres negras morrem mais assassinadas e sofrem mais assédio do que as brancas. Os dados aqui compilados nos alertam, mais uma vez, para a relação entre violência e racismo.
Jovens e Policiais: um diálogo possível?
O Documentário “Jovens e Policiais: um diálogo possível?” apresenta fragmentos do debate organizado e mediado pelas professoras Haydée Caruso, Silvia Ramos e Yuri de Moraes, ocorrido no 10º Encontro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e realizado na Universidade de Brasília, em 2016. O objetivo foi promover uma roda de conversa entre jovens e policiais, como parte dos esforços do FBSP em ampliar o necessário e crucial diálogo entre as instituições policias com a sociedade civil. Os jovens e policiais presentes falaram sobre suas experiências de vida, compartilharam angústias, violência, desafios, abusos e preconceitos que marcam suas interações no quotidiano. As narrativas explicitam a necessidade de escutarmos – uns aos outros – como um primeiro passo na busca de construir diálogos possíveis entre jovens e policiais para uma sociedade mais livre e justa para todas e todos.
Retrato da violência contra negros e negras no Brasil
A questão étnico-racial do sonho americano: o encarceramento dos pobres e negros no Estado policial
Mesmo após a intensa luta pelos direitos humanos, a evolução da concepção de Estado e consagração do Estado Social, a discriminação étnico-racial persiste enraizada na cultura e nas políticas de controle social do Ocidente. Distorcendo o monopólio estatal da força, com interesses elitizados e capitalistas, os governantes propõem meios de combate ao pobre (e não à pobreza) para viabilizar a “qualidade de vida”. Neste contexto, o Estado policial é robustecido, com investimentos públicos e privados retirados das políticas sociais, impondo o workfare e o encarceramento de massa. Este modelo, concebido e implantado nos Estados Unidos, influencia e espraia-se mundialmente.
RBSP, v. 11, n. 1, Fev/Mar 2017