Vitimização fatal de crianças no espaço público em decorrência da violência interpessoal comunitária: um diagnóstico da magnitude e contextos de vulnerabilidade na América Latina

Desde a década de 1990 a América Latina é reconhecida como uma das áreas mais violentas do mundo. A violência, na região, é endêmica e as taxas de mortalidade por homicídio são extremamente elevadas. A vitimização de crianças não é exceção. O objetivo deste texto é sistematizar informações existentes sobre a vitimização fatal de crianças no espaço público em decorrência da violência interpessoal comunitária nos países da América Latina. Os resultados encontrados permitem afirmar que este é um problema grave na região, que envolve fatores de elevada complexidade. Embora existam diferenças importantes entre os países, um conjunto de fatores permite explicar os altos níveis de violência encontrados. A presença do crime organizado e as gangues, a violência policial, crianças em situação de rua, migração e conflitos armados emergem em um cenário de pobreza e desigualdade que, juntos, tornam as crianças particularmente vulneráveis à violência comunitária com desfecho letal.

RBSP, v. 9, n. 2, Ago/Set 2015

Seguridad objetiva y subjetiva en América Latina: aclarando la paradoja

América Latina vive una epidemia de violencia a juzgar por los niveles de homicidios y de victimización delictiva. De acuerdo a la literatura, estos niveles de “seguridad objetiva” no se reflejan en los niveles de “seguridad subjetiva”, esto es, en las reacciones sociales hacia la (in)seguridad, generando una paradoja. Luego de analizar indicadores de seguridad objetiva y subjetiva, se realizaron regresiones para explorar dicha paradoja. Por un lado, altos niveles de homicidios predecerían en parte una mayor preocupación securitaria (dimensión colectiva cognitiva). Por otro, mayores niveles de victimización delictiva impactarían aún más en el temor a ser víctima en el barrio (dimensión individual afectiva), aunque no de manera mecánica. Se concluye con la necesidad de profundizar el estudio de las diferentes reacciones sociales hacia la inseguridad, dado que pueden erosionar el apoyo a la democracia, el desarrollo económico y el bienestar social en América Latina.